Então, lá fomos nós, eu e meu fiel companheiro.
Já no aeroporto fomos recebidos pela Rita com um presente de chegada: lindas canecas com desenhos da cidade.
Ficamos hospedados num hotel simples mas acolhedor, a cerca de 500 metros da casa da minha amiga.
Foi uma semana de extensa programação e intensas emoções.
Começou com o almoço com Rita, sua filha Aline e a neta Marina ( duas preciosidades).
À tarde visitamos seu pai na Casa de Saúde, onde conheci também sua mãe, Dulce (jovial oitentona que fez questão de me pedir que não a chamasse de "Senhora"), sua irmã (minha xará), seu irmão Henrique e uma tia.
No dia seguinte fomos, eu e meu marido, a Morretes, num lindo passeio de trem pelas montanhas cobertas de Mata Atlântica.
Uma delícia: cantorias, poemas, comida "das boas", calor humano e muito humor.
Na segunda passeamos pelo Parque Tanguá.
E na terça conhecemos o Museu Oscar Niemeyer ( Museu do Olho), onde vivemos incríveis experiências com a exposição de obras de Escher.
Nos intervalos dessa programação, leitura e revisão de nosso livro " As Novas Sessentonas", a ser lançado em setembro. Muitas conversas paralelas, confidências, comentários e críticas espontâneas e sinceras, e a amizade cada vez mais sólida!
Na quarta, já com o coração apertado de saudade, embarcamos para São Bento do Sul, em Santa Catarina, para visitar velhos amigos.
Para descrever meus sentimentos preciso abrir um parêntesis (ou colchetes!):
[Zuenir Ventura, em seu maravilhoso livro " Inveja - o mal secreto" (parte da coleção " Os sete pecados capitais"), faz a diferença entre inveja (destrutiva, que é o desejo de que o outro se "exploda", portanto não existe inveja boa), ciúme ( medo de perder o que se tem) e cobiça ( desejo de ter o que pertence ao outro)]
Como classificar esse sentimento que me aquece o coração? Não é inveja nem cobiça, pois não desejo destruir nem roubar aquela família. Tampouco ciúme, posto que não é minha. Apenas gostaria de ter tido irmãos com quem brigar, trocar confidências, compartilhar sonhos e projetos (desejei tanto que quando a doença de minha mãe se agravou e ela parou de menstruar eu, na minha ingenuidade infantil, sem saber que uma gravidez lhe seria fatal, festejei a ideia de ter um irmãozinho); queria ter tido minha mãe por muito mais tempo, que meus pais envelhecessem juntos... Gostaria de, um dia, ter uma neta tão encantadora quanto a Marina!
É como se fosse uma saudade daquilo que eu poderia ter tido, materializada na família que me recebeu de braços e coração abertos, como se a ela pertencesse desde sempre.
Só me resta, então, dizer:
- Até breve, Curitiba. Logo estarei de volta...
Regina ...
ResponderExcluirEmocionante seu registro !! Sua passagem por aqui deixou muitas saudades ... Será sempre bem vinda em Curitiba !!
Beijos com carinho ...
Aline, Frajola e Marina
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ResponderExcluirMais uma vez agradeço a carinhosa acolhida e tenham certeza de que continuarei usufruindo de tão calorosa hospitalidade. Beijos!
ExcluirRegina, você é realmente muito especial, tem o dom de encantar, agregar, divertir, ensinar. Por onde passa deixa saudades e a certeza de que a distância não impede o sentimento fraterno que passamos a nutrir por você. O Plano Espiritual a colocou em nosso caminho para que possamos aprender com você a arte de bem viver e conviver. Que Jesus continue abençoando-a.
ResponderExcluirQuerida Claudia
ExcluirTenho tido muita sorte em encontrar pessoas maravilhosas em meu caminho. Você é uma delas. Grata por sua amizade e carinho. Beijos
Parabéns Regina, pelo blog com um lindo recheio e fotos belíssimas... Sucesso no lançamento do livro!!Namastê
ResponderExcluirNão é inveja, nem cobiça; É deslumbramento diante de tantas oportunidades: a natureza, a família ,pra valer, encontrada, a companhia disponível, o pulsar compassado da vida.
ResponderExcluirCoisa boa, Regina. Continue com a sua bússola fiel,,,
Nessa bússola, meu norte tem sido a profusão de pessoas maravilhosas que têm cruzado meu caminho. Só tenho a agradecer a presença de todos em minha vida.
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