sexta-feira, 31 de maio de 2013

AGORA É SUA VEZ, CURITIBA - Por Regina Pompeu

Depois da visita da Rita a Caraguá em outubro de 2012, eu não poderia deixar de ir a Curitiba.
Então, lá fomos nós, eu e meu fiel companheiro.
Já no aeroporto fomos recebidos pela Rita com um presente de chegada: lindas canecas com desenhos da cidade.
Ficamos hospedados num hotel simples mas acolhedor, a cerca de 500 metros da casa da minha amiga.
Foi uma semana de extensa programação e intensas emoções.
Começou com o almoço com Rita, sua filha Aline e a neta Marina ( duas preciosidades).
À tarde visitamos seu pai na Casa de Saúde, onde conheci também sua mãe, Dulce (jovial oitentona que fez questão de me pedir que não a chamasse de "Senhora"), sua irmã (minha xará), seu irmão Henrique e uma tia.

 
No dia seguinte fomos, eu e meu marido, a Morretes, num lindo passeio de trem pelas montanhas cobertas de Mata Atlântica.

















No sábado, uma deliciosa feijoada em família, quando pude conhecer ainda o outro irmão, Gerson, sua mulher e sua filhinha, o maridão (o "Benhê"), e as amigas Iris e Juliana.
Uma delícia: cantorias, poemas, comida "das boas", calor humano e muito humor.













No domingo visitamos a famosa feirinha de artesanato, almoçamos num delicioso restaurante onde comemoramos o Dia das Mães e passamos a tarde no ônibus de turismo que percorre os principais pontos da cidade.

































Na segunda passeamos pelo Parque Tanguá.

















E na terça conhecemos o Museu Oscar Niemeyer ( Museu do Olho), onde vivemos incríveis experiências com a exposição de obras de Escher.


























Nos intervalos dessa programação, leitura e revisão de nosso livro " As Novas Sessentonas", a ser lançado em setembro. Muitas conversas paralelas, confidências, comentários e críticas espontâneas e sinceras, e a amizade cada vez mais sólida!
Na quarta,  já com o coração apertado de saudade, embarcamos para São Bento do Sul, em Santa Catarina, para visitar velhos amigos.

Para descrever meus sentimentos preciso abrir um parêntesis (ou colchetes!):
[Zuenir Ventura, em seu maravilhoso livro " Inveja - o mal secreto" (parte da coleção " Os sete pecados capitais"), faz a diferença entre inveja (destrutiva, que é o desejo de que o outro se "exploda", portanto não existe inveja boa), ciúme ( medo de perder o que se tem) e cobiça ( desejo de ter o que pertence ao outro)]
Como classificar esse sentimento que me aquece o coração? Não é inveja nem cobiça, pois não desejo destruir nem roubar aquela família. Tampouco ciúme, posto que não é minha. Apenas gostaria de ter tido irmãos com quem brigar, trocar confidências, compartilhar sonhos e projetos (desejei tanto que quando a doença de minha mãe se agravou e ela parou de menstruar eu, na minha ingenuidade infantil, sem saber que uma gravidez lhe seria fatal, festejei a ideia de ter um irmãozinho); queria ter tido minha mãe por muito mais tempo, que meus pais envelhecessem juntos... Gostaria de, um dia, ter uma neta tão encantadora quanto a Marina!
É como se fosse uma saudade daquilo que eu poderia ter tido, materializada na família que me recebeu de braços e coração abertos, como se a ela pertencesse desde sempre.
Só me resta, então, dizer:
- Até breve, Curitiba. Logo estarei de volta...