domingo, 25 de janeiro de 2015

TELMA E LOUISE TUPINIQUINS NAS TERRAS DE TIO SAM - PARTE III - Por Regina Pompeu


LOS ANGELES





05/11
Chegamos de táxi à locadora de carros.
O único com GPS era muito grande e resolvemos arriscar e pegar um pequeno.
Na hora de preencher a ficha, o rapaz perguntou quem iria nos acompanhar (ou seja, quem iria tomar conta de nós!). Decerto estava surpreso ao ver duas velhinhas, com um inglês sofrível, sem GPS, se aventurando pelas estradas norte-americanas. Ficou tão assustado que entregou as chaves do carro, a documentação e nos deixou na calçada, com as malas no chão. Acho que está rezando para que o carro chegue inteiro a Los Angeles.
Partimos, então, em direção a Monterey, começando a parte mais ousada de nossa aventura.
O primeiro desafio foi abastecer o carro. Não existem frentistas. Pedimos ajuda a uma senhora que estava abastecendo. Não só ajudou, como nos guiou durante uma parte do caminho.
Comecei dirigindo, mas logo percebemos que o melhor seria trocarmos de papel, assim, a Iara preferiu ser a motorista e eu continuei como fotógrafa.



Plantação de abóboras

Chegamos no final da tarde ao El Castel Motel. É excelente, além de bem barato.



Encerramos a noite comendo pizza com cerveja no restaurante em frente ao hotel.

06/11
Pela manhã, demos uma voltinha pela cidade antes de pegar a estrada para Santa Bárbara.








Mercadinho ao lado da cafeteria.


Cafezinho com as amigas.

Paramos numa cafeteria. (Só muito depois as bobonas perceberam que o café da manhã estava incluído na diária do hotel!).
Como o porta-malas do carro era pequeno, precisamos deixar uma delas no banco de trás. Enquanto eu pegava meu café, a Iara ficou na mesa e deveria vigiar o carro através da janela. Mas, quando eu voltei, ela estava de costas, confortavelmente sentada no sofá. Se houvesse ladrões, eles teriam feito a festa sem que ela visse!
Enquanto ela pegava seu café,  perguntei ao rapaz da outra mesa como chegar à estrada. Ele perguntou se eu estava dirigindo e se tinha GPS. Quando disse que não tinha, ele fez uma cara assustada e perguntou como eu tinha chegado até lá. Acho que aqui ninguém dirige sem essa vozinha ensinando o caminho!
O litoral é muito bonito, mas, modéstia à parte, o nosso é mais. Deveríamos imitá-los  colocando mirantes em locais estratégicos e seguros, com infraestrutura até para piqueniques.

O melhor self que tirei até hoje! kkkkkkk


Não dá para ver na foto, mas havia um grupo de golfinhos fazendo estripulias.






Lápide com os dizeres:"Here lies the soul & ashes of BERT ACKER. A great man & father".


Abastecer o carro é sempre um problema. Desta vez foi um casal de conversível que nos ajudou. Comentei com eles que, no Brasil, além de colocar combustível, o frentista também lava os vidros. Muito solícito, o homem veio limpar o para-brisa do nosso carro. Sempre distraída, a Iara me perguntou quanto que deveria dar de gorjeta. Ela não havia percebido que ele era o motorista do conversível! kkkkkkk

Chegamos no início da noite ao Motel Orange Tree Inn, em Santa Bárbara.
O motel não é tão bom quanto o anterior, apesar de ser mais caro.
Comemos um lanche no quarto e nos recolhemos, afinal o dia foi bem cansativo.

07/11
Tomamos um cafezinho no hotel e saímos em direção a Los Angeles.
Antes de pegar a estrada, paramos no posto de combustível em frente ao motel, pois a Iara estava preocupada com uma luzinha acesa no painel. Obtivemos, mais uma vez, ajuda para colocar combustível e ficamos sabendo que a luzinha acende quando o carro está frio.
Seguimos viagem e só fomos parar para o café da manhã no Outlet da estrada, onde fizemos várias compras.

Leões marinhos tomando banho de sol.

Durante o trajeto, observamos uma série de sinos à beira da estrada.

El Camino Real é o nome da rota histórica das missões espanholas na Califórnia, construídas entre 1683 e 1834 de Sonoma até San Diego.  
Pesquisei e encontrei o mapa.


São 555 sinos colocados em toda a extensão da estrada.

                                           Chegando a L.A. sãs e salvas!


Chegada ao hotel Quality Inn Near Hollywood Walk of Fame.
É  bem localizado e os apartamentos são confortáveis. O único senão é que o estacionamento fica no subsolo e não tem elevador.
Comemos um lanche no Subway.
Ao lado há uma loja Ross e aproveitamos para fazer mais algumas comprinhas, e, claro, outra mala kkkkk.
Pedimos orientação ao recepcionista para chegar a Santa Mônica, mas nos perdemos pelo caminho.
Paramos para tomar café a acabamos nos desentendendo. Ela me chama de chata e mandona, eu a chamo de lesma. Acho que ambas temos razão e, no fim, tudo acaba em risadas.
Voltamos para o hotel e resolvemos organizar as malas.
08/11
Após o café da manhã do hotel, que é bem razoável (com exceção do mau humor da encarregada), fomos conhecer Hollywood e a famosa Calçada da Fama.










Dei um dólar para o Superman, que ficou bravo, pois achou pouco!



Teatro onde acontece a cerimônia de entrega do Oscar.
Teatro Chinês e as pegadas dos famosos.






De novo a calçada da fama. Quarteirões e quarteirões estrelados e seus significados.



Desenho do escudo Área do artista
Walk Leistungen am Camera.jpg Câmera Indústria cinematográfica
Walk Leistungen im Fernsehen.jpg Televisão Indústria televisiva
Walk musikalische Leistungen.jpg Fonógrafo Indústria da música
Walk Leistungen im Radio.jpg Microfone Indústria de radiodifusão
Walk Leistungen am Theater.jpg Máscaras de comédia/tragédia    
  
 Indústria de teatro



Visitamos, em seguida, os estúdios da Warner

























À tarde, fomos à Disney.
Só ficamos em Downtown Disney, porque a fila para entrar no parque era gigantesca
Mesmo do lado de fora, é uma festa: músicos, lojas, restaurantes, sorveterias, um vai e vem de pessoas de todas as idades.
Numa das lojas de cosméticos, achei uma necessaire minúscula e linda. Pedi para ver o que havia dentro. O vendedor gay abriu e a Iara deu um gritinho de satisfação e ele também. Foi hilário!
Após alguma espera, chegou o amigo do Rafa com as encomendas que ele havia feito desde que soube de nossa viagem. É um volume respeitável, não sei como a Iara vai se arranjar com a bagagem.
Após os fogos, voltamos para o hotel.







09/11
Enquanto a Iara se arrumava, voltei à Calçada da Fama para fotografar o famoso letreiro e comprar mais algumas camisetas para dar de lembrança.






Fomos, então, conhecer Beverly Hills



Rodeo Drive


Casa de bruxa



Sem pedir informação, apenas pelo mapa, fomos a Santa Mônica. Era facílimo, apenas uma reta, não sei como conseguimos nos perder antes. 
Almoçamos num restaurante delicioso e depois fomos conhecer o parque e o final da famosa Rota 66.
















Iara arrumando as malas.

10/11
Pela manhã, eu e a Iara nos despedimos, pois ela voltaria mais cedo, em voo diferente do meu. Apesar das brigas, a viagem será inesquecível: duas velhinhas malucas, sozinhas nos EUA, com inglês apenas sofrível e sem GPS, e conseguimos cumprir todo o planejamento!
Para finalizar, fiz o Paramountstudiotour.
No grupo, duas adolescentes, mãe e filho (eu acho) tatuados e com piercings, um casal de gays e eu! 








Banco de Forrest Gump


Tela onde foi filmada a cena em que o mar se abre em "Os dez mandamentos".

Por fora
Por dentro










Portas que iludem quanto à real altura dos atores

Ao fundo, o famoso letreiro.







Visitar estúdios de cinema causa uma certa desilusão, pois percebemos o quanto de truques existem nas filmagens.
O motorista do táxi que peguei na volta era um bielorrusso muito simpático, que me falou de sua família, de como é ser imigrante e mostrou a foto de sua filha bailarina. Aproveitei e  fui com ele para o aeroporto.
O check in é todo automático e tive que pedir ajuda de uma afrodescendente muito bonita e de muito má vontade.
Após horas de espera, jantei e embarquei.

11/11
Cheguei a São Paulo às 13h40
No fim, o avião estava com vários assentos vazios e muita gente conseguiu deitar e dormir. Como meu era o da frente, o braço não recolhe, mas assim mesmo foi legal, pois tive os assentos só para mim.
Passei ilesa pela PF e fiz algumas compras no Dutyfree. Os preços já não são tão vantajosos. Apenas as bebidas valem a pena.
De fato, os Estados Unidos não são meu destino predileto, mas adorei cada minuto da aventura com a amiga/irmã. Enfim, uma viagem inesquecível!