25 de agosto
Apesar da chuva da noite, amanheceu apenas nublado.
Esfriou um pouco. Melhor, estava muito quente.
Após o café, com linda vista para o parque, e depois de outra pancada de chuva, saímos de tram
em direção ao centro.
Passamos por uma feira muito engraçada, onde se vendiam porcos vivos, pintinhos
e os carrinhos de controle remoto eram arados.
Compramos meias para mim e pijamas para o Ari ( que esqueceu o dele no hotel em
Viena), além da reposição do suéter verde, na C&A ( vamos ver se este dura!).
Visitamos a Catedral,
almoçamos à beira do Rio Reno.
Passeamos por uma feira de bagulhos na beira do rio.
Circulamos pela cidade e compramos uma mala para substituir o saco do Kleber e cremes para continuar com
a ilusão de uma pele jovem!
Voltamos de tram para o hotel e passeamos pelo parque no final da tarde.
À noite comemos pão com " taio" e vinho.
26 de agosto
Estamos na reta final de nossa viagem.
Depois de amanhã encerramos nossa aventura de 90 dias pelo Velho Mundo.
Algumas observações ainda não registradas:
Cachorros: na Suíça, Áustria e Alemanha eles fazem parte da família. Viajam em
trens, barcos, escalam montanhas. Nos bares e restaurantes são colocadas
vasilhas de água no chão. Em Viena há coleiras penduradas no metrô e lugares
especiais também nos ônibus, a exemplo dos reservados para carrinhos de bebê e
cadeiras de rodas.
Por falar em Viena, no penúltimo dia em que lá estávamos, ocorreu um
episódio bastante constrangedor. Descemos no elevador com um casal de
muçulmanos e a filha de cerca de 10 anos. Quando saí, notei uma pulseira
no chão, que julguei ser da menina. Dirigi-me a eles no salão do café
da manhã, mas o pai me olhou de maneira muito estranha, disse que a
pulseira não era de sua filha, e o fez de maneira bem agressiva. Ao
voltar ao quarto, tomamos de novo o mesmo elevador e sua esposa ficou de
olhos baixos todo o tempo, sem encarar ninguém. Aí desconfiei que a
reação dele era porque eu, uma mulher, lhe havia dirigido a palavra!
Acabei deixando a pulseira na portaria.
Ciclistas: Estão por toda parte. Nas ruas, trens, ônibus, metrôs, estradas,
montanhas. As melhores pistas são reservadas para os automóveis, depois para as
bicicletas, e, por último para os pedestres.
Hoje tivemos um domingo em família.
O Kleber veio com o Anthony para nos buscar e trazer o famoso saco.
Anthony e sua amiguinha da escola
Fomos para a casa dele. A Sandra fez um delicioso Gulash, que comemos
acompanhado de vinho branco siciliano. O vinho aqui é muito barato e de ótima
qualidade.
No começo o Anthony me estranhou bastante. Quando jogamos cartas, ele queria
coringas, mas não recebeu nenhum, enquanto eu recebi 2.Ele ganhou o
jogo, mas ficou muito bravo comigo por ter os coringas. Depois, quando ri da cara que ele
fez quando o Kleber perguntou se ele ia convidar alguém mais para jogar com eles,
começou a chorar porque não gosta que riam dele.
No final, já estávamos brincando de carrinho.
Conhecemos lá, também, um casal cuja mulher, professora, queria informações
sobre a educação no Brasil. Entrarei em contato com ela por email.
27 de agosto
Saímos antes das 7 h e fomos para a estação.
Lá pegamos o trem para Mainz.
Passeamos pela cidade, conhecemos o Dom, mas não pudemos visitar o museu de
Gutemberg porque era 2a feira e estava fechado.
Gutemberg
Tenor cantando ópera na praça.
Almoçamos Shnitzel num restaurante da Praça do teatro.
Comprei uma deliciosa sandália por 49,90, mas acabei esquecendo meu chapéu de
estimação na cadeira do restaurante. Tomara que a garçonete, que derrubou a
bandeja de bebidas nos clientes da mesa ao lado da nossa, o tenha encontrado e,
com isso, melhorado seu humor.
De Mainz tomamos o trem para Bingen. Nessa cidade, há 7 anos, eu e a Isolda
descemos pensando que fosse Mainz!
Em Bingen pegamos o barco até Boppard.
É uma linda viagem. Tomamos um vinho branco delicioso. Aliás, em todo o
percurso, se veem vinhedos, com suas respectivas identificações escritas na
vegetação. Muitos castelos, pequenas cidades ao longo do rio, e o ponto alto, a
Lorelay, com direito a fundo musical. Falei muito dela para o Ari, pois fiz
essa viagem em 95, quando estive pela 1a vez na Alemanha. Quando passamos pela
Lorelay, virei toda empolgada, pensando que o Ari estava atrás de mim para
filmar, mas ele já estava calmamente comendo um pedaço de torta e tomando café!
A famosa Lorelay
Descemos em Boppard, que é mais bonita que Mainz, pegamos o trem de volta para
Colônia, com baldeação em Koblenz.
Chegamos às 20 h no hotel, após ter passado pelo supermercado e comprado cremes
da Nívea. Eu queria comprar vinhos, que são muito baratos e deliciosos, mas o
Ari me convenceu a esperar até amanhã para ver se o peso da bagagem comporta mais
esse item.
O Kleber veio jantar conosco e ficamos conversando até mais de 23h.
Espero que o tenhamos ajudado no difícil momento profissional que ele está
vivendo.
28 de agosto
Finalmente chegou o dia de voltar para casa.
A viagem foi maravilhosa, com aventuras inesquecíveis, mas a saudade é muito
grande!
Levantamos, arrumamos as malas, tomamos café, fizemos o check-out, guardamos as
malas no depósito do hotel e saímos para encontrar o Kleber na cidade.
Fomos ao 471 (fábrica da autêntica Água de Colônia), onde compramos um porção de perfumes, comprei uma bolsa cor "
rato" para mim e duas garrafas de vinho, além de 2 pendrives.
Tram decorado
Realejo, há quanto tempo não via um...
4711
Torneira que jorra água de colônia
Almoçamos num restaurante italiano e, no caminho, comprei mais um creminho,
alicate, tesourinha e curativos tipo bandaid.
Nos despedimos do Kleber, tomamos um taxi e fomos para a estação.
Chegamos ao aeroporto às 18h.
Consegui receber 24 euros de devolução de impostos. Uma verdadeira maratona. Na
fila, uma japonesa ficava me empurrando, parecia que queria me atravessar! O
restante vou mandar pelo correio. Para receber, temos que ter condições de
mostrar os produtos e eu havia despachado quase tudo.
Fomos, depois, ao lounge da Lufthansa, a que tínhamos direito por viajar em
classe executiva. Um arraso: poltronas confortáveis, um serviço de bufê com
tudo quanto é bebida e comida (tomei até conhaque grego Metaxa), cabines para falar
ao telefone com privacidade ( que só vimos depois), chuveiros e um banheiro que limpa
automaticamente a tampa do vaso.
No avião, fomos recebidos com champanhe, como na vinda, um cardápio para
escolher o jantar. As poltronas viram quase camas. Seria bom poder viajar
sempre assim.
Viajar é muito bom, mas voltar para casa é ainda melhor.
Agora é aguardar a próxima aventura...