Quando
completei 60 anos, escrevi uma crônica (De
repente 60 ou 2x30), atendendo à necessidade imperiosa de rever minha
trajetória ao chegar ao portal dessa "tal" Terceira Idade. Eu
literalmente PRECISAVA registrar minhas reflexões. Algum tempo depois,
incentivada pela família e amigos, me inscrevi no “Prêmio Longevidade Histórias
de Vida Bradesco Seguros”. Era a primeira vez que participava de um concurso do
gênero e, para minha surpresa, fiquei entre os finalistas. Tive o privilégio de
receber o troféu de terceira colocada, hoje no lugar de honra em minha estante,
das mãos da brilhante atriz Nicette Bruno. Orgulhosa, encaminhei o texto
premiado a meus amigos, postei no Facebook e acreditei que o episódio estivesse
encerrado. Que nada! Estava apenas começando. Eu jamais poderia imaginar a
repercussão que teria minha história singela, narrada de forma tão simples.
Incluída em dezenas de blogs, sites e revistas, o retorno foi espantoso.
Consultando o Google, já eram mais de 9000 resultados, apenas dois meses após a
premiação. Atualmente, há até uma apresentação em PowerPoint rodando por aí e
um filme no Youtube (não conheço quem os produziu!).
Recebi mensagens e comentários de várias cidades do Brasil e do exterior, de amigos, conhecidos, antigos colegas e parentes cujo contato há muito tempo havia perdido.
Não conheço pessoalmente a Cleonice e a Lúcia (ambas de Minas Gerais) e nem sei quem e de onde são a Maristela, a Heloísa, a Dulce e muitas outras.
O que mais me chamou a atenção foi a identificação que as leitoras, mesmo as mais jovens, declararam ter sentido. Muitas disseram que a história era tão semelhante às suas, que elas mesmas poderiam tê-la escrito e até se propuseram a "trocar figurinhas”.
Recebi mensagens e comentários de várias cidades do Brasil e do exterior, de amigos, conhecidos, antigos colegas e parentes cujo contato há muito tempo havia perdido.
Não conheço pessoalmente a Cleonice e a Lúcia (ambas de Minas Gerais) e nem sei quem e de onde são a Maristela, a Heloísa, a Dulce e muitas outras.
O que mais me chamou a atenção foi a identificação que as leitoras, mesmo as mais jovens, declararam ter sentido. Muitas disseram que a história era tão semelhante às suas, que elas mesmas poderiam tê-la escrito e até se propuseram a "trocar figurinhas”.
De
repente... um blog...
A ideia de construir um blog já vinha tomando forma, mas se tornou definitiva após uma mensagem que me emocionou particularmente. O remetente se identificava como “Criança de 40 anos” e pretendia fazer uso de meu texto para uma conversa com sua mãe, de 61 anos, que se encontrava deprimida. Esperava convencê-la de que "a idade não nos torna velhos, que continuamos sendo as crianças que fomos e que colecionamos lembranças boas e ruins, mas continuamos na luta enquanto estivermos vivos e com sede de mais histórias para nos 'engordar'.” E encerrava dizendo: “ Um grande abraço e, mais uma vez, parabéns por tornar leve o relato de seus 60 anos.”
A ideia de construir um blog já vinha tomando forma, mas se tornou definitiva após uma mensagem que me emocionou particularmente. O remetente se identificava como “Criança de 40 anos” e pretendia fazer uso de meu texto para uma conversa com sua mãe, de 61 anos, que se encontrava deprimida. Esperava convencê-la de que "a idade não nos torna velhos, que continuamos sendo as crianças que fomos e que colecionamos lembranças boas e ruins, mas continuamos na luta enquanto estivermos vivos e com sede de mais histórias para nos 'engordar'.” E encerrava dizendo: “ Um grande abraço e, mais uma vez, parabéns por tornar leve o relato de seus 60 anos.”
De
repente... uma parceria...
Enquanto criava www.asnovassessentonas.blogspot.com.br, recebi o e-mail de Rita, que me localizou após ler minha crônica, enviada por uma amiga.
Começamos a trocar mensagens e descobrimos inúmeras afinidades. Ela aderiu com entusiasmo ao blog, colaborou com preciosos textos e enviou as produções de sua amiga Iris, adorável setentona, casada há 50 anos, que tem 7 filhos, 7 noras e 7 netos.
Recebi, também, mensagem de Claudia B. que, na mesma época, havia escrito " De repente 40" e " Não tão de repente assim...50", pedindo para publicar meu texto em seu blog, e logo passou a fazer parte da turma.
Enquanto criava www.asnovassessentonas.blogspot.com.br, recebi o e-mail de Rita, que me localizou após ler minha crônica, enviada por uma amiga.
Começamos a trocar mensagens e descobrimos inúmeras afinidades. Ela aderiu com entusiasmo ao blog, colaborou com preciosos textos e enviou as produções de sua amiga Iris, adorável setentona, casada há 50 anos, que tem 7 filhos, 7 noras e 7 netos.
Recebi, também, mensagem de Claudia B. que, na mesma época, havia escrito " De repente 40" e " Não tão de repente assim...50", pedindo para publicar meu texto em seu blog, e logo passou a fazer parte da turma.
Maria
Tereza, uma encantadora septuagenária portuguesa de alma brasileira, me foi
apresentada por um amigo.
Minha prima Vitória, a quem não via há tempos, criou coragem e contribuiu com deliciosas crônicas, assim como as amigas Lau, Mainara (minha professora de Ioga) e Claudia G., que conheci em viagem para a Rússia e que, apesar de termos nos visto apenas em duas ocasiões, se tornou muito querida.
E assim, o blog foi crescendo, com a participação de mulheres que ainda estão longe, estão chegando, já chegaram e até passaram dos 60 anos.
Em outubro passado, Rita se abalou de Curitiba, onde mora, para me conhecer pessoalmente. Durante sua visita de uma semana, descobrimos muitas outras afinidades. Para celebrar sua presença, organizei um encontro de algumas amigas sessentonas, com direito a depoimentos emocionados, apresentações de piano e violão e um delicioso lanche numa linda casa à beira-mar.
Em visita à Espanha, encontrei com Margareth, brasileira residente em Barcelona, a quem conhecia apenas pela internet, também por causa do meu texto.
Minha prima Vitória, a quem não via há tempos, criou coragem e contribuiu com deliciosas crônicas, assim como as amigas Lau, Mainara (minha professora de Ioga) e Claudia G., que conheci em viagem para a Rússia e que, apesar de termos nos visto apenas em duas ocasiões, se tornou muito querida.
E assim, o blog foi crescendo, com a participação de mulheres que ainda estão longe, estão chegando, já chegaram e até passaram dos 60 anos.
Em outubro passado, Rita se abalou de Curitiba, onde mora, para me conhecer pessoalmente. Durante sua visita de uma semana, descobrimos muitas outras afinidades. Para celebrar sua presença, organizei um encontro de algumas amigas sessentonas, com direito a depoimentos emocionados, apresentações de piano e violão e um delicioso lanche numa linda casa à beira-mar.
Em visita à Espanha, encontrei com Margareth, brasileira residente em Barcelona, a quem conhecia apenas pela internet, também por causa do meu texto.
De
repente... um livro...
Em maio foi a minha vez de ir a Curitiba para retribuir a visita de Rita e prosseguir na “gestação”, já iniciada, do livro. Fui recebida com o carinho reservado aos filhos pródigos, numa reunião com a família e amigos em torno de uma saborosa feijoada carinhosamente preparada pela anfitriã, quando, então, conheci a Iris e a Juliana (“mulher de 30”, que escreveu um dos prefácios, do qual cito um trecho):
Em maio foi a minha vez de ir a Curitiba para retribuir a visita de Rita e prosseguir na “gestação”, já iniciada, do livro. Fui recebida com o carinho reservado aos filhos pródigos, numa reunião com a família e amigos em torno de uma saborosa feijoada carinhosamente preparada pela anfitriã, quando, então, conheci a Iris e a Juliana (“mulher de 30”, que escreveu um dos prefácios, do qual cito um trecho):
“Ao meu sentir, a tônica essencial desta
coletânea pode ser bem conhecida por meio da fala de Regina Pompeu sobre essa
tal de Nova Sessentona:
“Fomos
pioneiras destes tempos modernos em que casar é opcional, ser mãe não é
obrigação, ser avó não é mais imprescindível (...). É o início de uma nova
etapa, em que tudo é permitido, menos se acomodar.”.
O
lançamento d’ “As Novas Sessentonas – por
Regina Pompeu, Rita Figueiredo e convidadas”, que nos custou incontáveis
horas de sono e trabalho, inúmeras revisões, muitas alegrias e alguns atritos, aconteceu em São Paulo e
Caraguá na semana passada, e em outubro será a vez de Curitiba.
Impossível descrever a emoção de rever amigos, parentes, autografar cada volume.
Parecíamos celebridades!! E éramos, para as pessoas que lá estavam nos
prestigiando com seu carinho.
E de de repente em de
repente, seguimos: como há muito tempo já disse nosso saudoso e inesquecível
"Poetinha": “de repente, não
mais que de repente”...