Mal o sol apareceu e o
segundo filhote já estava aquecendo os motores, em cima do telhado e, num piscar
de olhos... desapareceu de minhas vistas.
O terceiro ficou ensaiando seu primeiro voo entre o pé de boldo e o manjericão, por horas, parecia até gostar da brincadeira. Ao entardecer, já havia voado para perto dos irmãos.
O terceiro ficou ensaiando seu primeiro voo entre o pé de boldo e o manjericão, por horas, parecia até gostar da brincadeira. Ao entardecer, já havia voado para perto dos irmãos.
Estavam nos arredores,
em alguma árvore, um pouco tímidos ainda, mas dava para ouvir os gritinhos de
felicidade e liberdade.
Claro que senti um
aperto no coração, como é natural nos momentos de “Adeus”, mas também uma privilegiada,
por acompanhar momentos tão belos.
“Voa passarinho, Voa
até o céu mudar de cor!” E Eu, que andava
com o sorriso ofuscado, quase sem brilho, celebrei todos os dias, do nascer e ao
pôr do Sol, com a alma em festa,
brilhante, transbordando de alegria.
Meus hóspedes deixaram meu coração disparado, trouxeram luz novamente à minha
vida e me ajudaram a sacudir a poeira...
O Bonsai já conseguia respirar
mais tranquilamente, a paz reinava outra vez, e na estação seguinte, não sei
por que cargas d’água, ele morreu. Mas
deixou história, afinal, ele foi palco de chegadas e partidas, de nascimento e
morte... Enfim, dos mistérios da VIDA!
FIM!
Ou seria o Começo?! Quem sabe, um recomeço...