segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

TELMA E LOUISE TUPINIQUINS NAS TERRAS DO TIO SAM - PARTE I - Por Regina Pompeu

LAS VEGAS



 

Eu e meu marido ainda nem havíamos embarcado para a Itália quando meu filho me convenceu a ir com ele e minha nora para Las Vegas e Los Angeles, viagem que aconteceria apenas vinte dias após meu retorno da Europa. Estados Unidos não são meu destino favorito, mas topei. Em seguida, convidei a Iara, que, para minha alegria, sugeriu a inclusão de San Francisco no roteiro. Alguns dias depois de termos comprado as passagens, meu filho e minha nora desistiram da viagem e sobramos nós duas.
Eu e Iara não poderíamos ser mais diferentes; ela é roqueira, distraída, lenta, sem senso de direção; eu detesto rock, estou sempre atenta, apressada, rápida, tenho um excelente senso de direção (nasci com gps), além de perfeccionista, mandona e exigente. Eu acordo cedo, ela demora para engrenar. Eu gosto de planejar tudo com antecedência, ela gosta de resolver as coisas na hora. Mas, o carinho, a amizade de quase 30 anos que nos une (somos praticamente irmãs) e os pontos em comum, como o gosto pela aventura e a disposição para as coisas darem certo, prometiam uma aventura empolgante.

27/10 - São Paulo - Los Angeles

A viagem já começou com uma pequena confusão: a Iara havia comprado um assento relativamente confortável, mas, na hora do check-in eletrônico, percebi que havia um, um pouco mais caro, do meu lado. Ligamos para o call-center e fomos informadas que ela poderia comprar esse e,  no aeroporto, pedir estorno do outro.Quando chegamos lá, a atendente disse que o valor não seria devolvido. Após várias ligações infrutíferas, percebemos que este é um problema para ser resolvido na volta.
Embarcamos e a tela do meu televisor não saía do braço da poltrona (que era a da frente). A comissária nem teve dúvida, foi buscar um martelo, deu umas pancadas e a tela saiu!
          
28/10 - Chegamos pela manhã a Los Angeles e enfrentamos uma imensa fila na imigração. Ainda bem que nosso voo para Las Vegas era bem mais tarde.
            
                                          Esperando pelo voo no aeroporto de LA
                                                    Sobrevoando o deserto


Contratamos o Shuttle e a atendente escreveu meu nome: Refina Pomipeu. 
Esqueci meu casaquinho vermelho do twin-set. Que pena, gostava tanto dele!


Na chegada ao aeroporto, somos recebidos com dezenas de máquinas caça níqueis e um enorme cartaz que diz: What happens in Vegas, stays in Vegas! Muito educativo!
Desde o início, a sensação é de estar num filme!
Ficamos hospedadas no Hotel Excalibur, imitação de um castelo medieval.
Não é tão gigantesco como os demais, até por isso nos agradou bastante.

29/10 - Tomamos café no Starbucks e pegamos o trenzinho até o shopping do Hotel Mandalay Bay.

Comprei o chip para o celular, que até agora não funcionou, e pulseiras da Svarowsky para a Tati.
                                        Um doce para quem adivinhar o que é isto!



Almoçamos no Buca di Bepo, que fica em nosso hotel, um rigatoni para 2, de que não comemos nem metade. Tudo aqui é gigantesco: sorvetes, porções em geral, frascos de xampu e cremes, etc..
À tarde, saímos de táxi para a loja da Apple, onde a Iara comprou um ipad para seu filho Marcelo. Também compramos alguns itens de alimentação para fazer um lanche no hotel.

Boulevard Fashion Show

Hotel Luxor






À noite, fomos ao Show Criss Angel no Luxor, fabuloso. Ficamos na primeira fila.
O cara é doido! Faz coisas inacreditáveis!

                              A foto do coelho muda quando se olha de outro ângulo.


Iara tietando

30/10- Após o café num local bem legal que descobrimos no hotel, saímos para o passeio mais aguardado por mim: Helicóptero no Grand Canyon.
Viajamos de limusine até o heliporto. Maior mico!






Que mais posso dizer sobre o passeio? MARAVILHOSO, IMPERDÍVEL!



 





 

 






Skywalk











À tarde, fomos conhecer os Hotéis Winn...


Pias dos lavabos. Será ouro ou fake, como tudo nesta cidade?
...e Venezian. Ao lado deste,...







... o Museu Mme Tussaud. É menor que o de Londres, mas bem mais vazio.














Encerramos a noite com o espetáculo Love, em que o Cirque du Soleil homenageia os Beatles, no Hotel Mirage. Emocionante, de arrepiar! Queria que não terminasse nunca!
Foi um dia perfeito!






31/10
Voltamos ao hotel Winn para comprar o ingresso para Rêve. A Iara não quis, portanto irei sozinha.
Passamos o dia andando pela strip:
Os norte-americanos são estranhos: em vez de visitar os lugares famosos do mundo, fazem suas réplicas. São hotéis gigantescos, cópias de Roma, Paris, Veneza, Egito,etc..
A impressão é de estar num gigantesco estúdio cenográfico!





 














Ficamos o dia todo procurando nas lojas algum adereço para o Halloween, um chapéu de bruxa, um par de chifres, mas não conseguimos nada.
Acho que as pessoas já trazem as fantasias de casa.
Se fosse no Brasil, haveria um camelô em cada esquina oferecendo esses produtos.
Muita gente fantasiada pelas ruas, creio que deve haver uma série de eventos, afinal é o carnaval deles.
Acabamos voltando frustradas para o hotel, onde ficamos observando o desfile: um gordo careca de Branca de Neve, duendes, fadas, bruxas, diabinhos e outras bastante criativas.
Na foto abaixo, um jogador fantasiado de doente de hospital,com curativos e tudo o mais.

                              Fantasias e poses, tudo para o "carnaval" americano!


01/11
Resolvemos economizar o tempo de Los Angeles e antecipar as compras no Walmart e, de quebra, encontramos uma loja Ross (Dress for Less). Já comprei outra mala e doei a minha grande para a Iara.
À noite, show "Rêve". Simplesmente maravilhoso. Recomendo!










 

02/11
Logo cedo, após o café no Starbucks, o transfer chegou atrasado para no levar ao aeroporto. Embora eu tivesse pedido para que verificassem se haviam encontrado meu casaquinho, nenhuma satisfação foi dada.
Ao pesar as malas, tomei o maior susto, pois marcava um número muito acima do que eu havia calculado. Aí lembrei que as balanças daqui mostram o peso em libras. Ufa!
Após o embarque, havia um lugar na janela e o rapaz que estava no meio passou para lá e chamei a Iara para ficar ao meu lado, no assento do corredor.
O rapaz fechou a janela e começou a dormir.
Não tive dúvida e levantei a janela, pois estávamos passando por montanhas importantes.
Ele levou um susto e a Iara não se conformou com o que fiz.
Não estão dizendo agora: "Não sabe brincar, não desce para o playground"?
Então eu digo:" Se vai dormir, libera a janelinha, ora!"

Bem, considero que Las Vegas está devidamente visitada.
Perdi alguns pouquíssimos dólares nos caça-níqueis, vi shows espetaculares, visitei hotéis cujo luxo está mais para o cafona, voei sobre o Grand Canyon (melhor parte). Valeu, mas já foi o suficiente.

Próxima parada, San Francisco.
Lá vamos nós.

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