segunda-feira, 27 de julho de 2015

ITÁLIA-PORTUGAL-2015-PARTE 3-PISTOIA-FIRENZE-POLIGNANO A MARE

 

29/04/2015
Por incrível que pareça, chegar ao hotel que reservamos em Pistoia foi o episódio mais hilário de toda a viagem.
Saímos de Ravenna às 14h para percorrer uma distância de 200 km.
Teríamos tempo de sobra para chegar antes do anoitecer e, até aquele momento, havíamos nos virado muito bem sem GPS.
Como de costume, consultamos o mapa, pegamos a autoestrada e seguimos viagem.
Porém, a entrada lateral, indicada no mapa, não estava sinalizada como esperávamos, e acabamos passando por ela.
Tivemos, então, que fazer o retorno na frente e, ao seguir as placas, acabamos caindo na estrada local, que passa POR DENTRO DE TODAS AS CIDADES DO CAMINHO.
Cada vez que parávamos para perguntar, a resposta era a mesma:"sempre dritto!"
Rodávamos mais um pouco e...sempre dritto, mais outro trecho e, sempre dritto.
Isso por mais de duas horas, seguindo por um tráfego lento, travado, estrada estreita de mão dupla.
Chegamos, enfim, ao que nos pareceu ser Pistoia.
O passo seguinte era encontrar o Jardim Zoológico, em frente ao qual estava o hotel.
Seguimos a direção dada por um rapaz e encontramos uma estrada, mas nada de ver o zoo.
Depois de ir e vir nessa estrada, paramos num grupo de casas, bati e saiu uma senhora para quem perguntei, no meu italiano afluente (sic), onde era o zoológico.
Ela respondeu:" mas está fechado!"
Naquela altura, já eram mais de 6 horas da tarde.
Perguntei pelo hotel e ela tentou ser amável, mas dizia que era à direita e apontava para a esquerda. Dizia que achava que era uma construção assim, assim, e nos deixou mais confusos.
O marido saiu e também ajudou pouco.
Resolvemos voltar para o início da estrada e os velhinhos ficaram nos dando tchauzinho.
Claro que, a essa altura, o nervoso já havia tomado conta.
Paramos num restaurante e pedimos informação  ao proprietário, que disse que o hotel ficava a 200 metros.
Voltamos para a estrada e, quem disse que conseguimos encontrar?
Voltamos ao restaurante e o homem, com cara de quem está diante de dois débeis mentais, pediu para a mulher cuidar das crianças, entrou no carro e disse para que o seguíssemos.
Andou cerca de 200 metros e apontou para uma construção, em cujo muro estava, bem apagado, o nome: Hotel All'Ombra del Tiglio.
O portão estava aberto, entramos e estacionamos.
Quando voltamos do estacionamento, o portão estava fechado.
Começamos a bater na porta do prédio, que fica no meio do jardim, mas nada, até que percebemos que não havia ninguém .
Estávamos presos, dentro da área do hotel, mas fora do prédio.
O telefone, desde que o Ari comprou o chip, não estava funcionando para fazer chamadas, só para receber.
Já estávamos pensando no que fazer, pois teríamos que dormir no carro, e no campo, faz um frio danado!
Foi então que vimos o vizinho ligar o carro.
Saí gritando como louca em direção à cerca, até que ele parou o carro e se aproximou.
Expliquei o que estava acontecendo e ele ligou para a responsável, que chegou alguns minutos depois.
Ainda era um mistério como havíamos encontrado o portão aberto e ele ter se fechado logo em seguida, nos trancando lá dentro.
A explicação veio em seguida, quando Linda, a responsável, chegou e disse que havia nos esperado até poucos minutos antes e desistido após tentar contato via telefone.
Por uma incrível coincidência, os carros de cruzaram na estrada e conseguimos entrar nos 2 minutos em que o portão fica aberto antes de fechar automaticamente.
Se não fosse o vizinho Sandro, não sei até quando ficaríamos presos.
Apesar de toda a confusão, valeu muito a pena ficarmos hospedados nesse paraíso.











Linda e sua mãe.



30/04/2015
No dia seguinte, fomos passear pela cidade e pelo zoo (que fica, de fato, em frente ao hotel, mas que não tínhamos visto por causa do nervoso).




























Dando um giro pelas estradinhas da Toscana



01/05/2015
Ao sairmos da cidade, percebemos o quanto teria sido fácil chegar pela via expressa, que fica a menos de um km do hotel.
Coisas de viagem!
Chegamos a Firenze. A devolução do carro é fora do aeroporto.
Devolvemos o carro, pegamos um táxi e fomos para o hotel BeB La Locandiera.

                                Elevador do hotel. Deve ser do tempo de Leonardo da Vinci!

Por causa do feriado, Firenze está lotada. É gente que não acaba mais.
Almoçamos no Café Rivoire. Ari comeu ravioli e eu comi capelleti.
Conhecemos um simpático casal da Califórnia.
Após ler o romance "Inferno" de Dan Brown, no ano passado decidimos explorar a Toscana e Veneza.
Como a minha memória já não é essas coisas, acabei deixando passar alguns locais que havia selecionado, a partir do livro.
Desta vez, conseguimos suprir essa falha.

                    Vimos a estátua de Bruneleschi, arquiteto da cúpula do Duomo, olhando para sua obra,



                                                                     ... a igreja de Dante,





                                         ...Piazza della Signoria e a Loggia dei Lanzi






                                                                
Tentamos comprar o Florencecard, mas foi em vão, já não tinha mais.
Fomos para o hotel e resolvemos voltar e enfrentar a fila para o Palazzo Vecchio.
Depois de quase uma hora, conseguimos entrar.
Nem desta vez conseguimos ver o "Cerca Trova" (que, segundo o livro, está escrito numa das bandeiras do painel), mas as outras coisas que marquei, sim.
 Palazzo Vecchio
                                                             Salão dos Quinhentos


                                                       
Apoteose de Cosmo
                                                                 A "chave de pinto"





                                      E a gente ainda acha que a violência é coisa moderna!





Sala Di Gualdrada, (pintura de Vasari) jovem que se recusou a beijar o imperador, dizendo que somente seu marido poderia fazê-lo. Segundo o texto explicativo, não só é uma homenagem à pureza, mas também uma demonstração da independência de Florença.
                                                    
 Máscara mortuária de Dante.


                                                   Sala dos Mapas - mapa da Armênia
Torre della Abadia

Saímos e fomos para a loja do Pinocchio, onde comprei mais algumas lembrancinhas.
Jantamos no Zà Zà, coelho com espinafre.

 02/05/2015                                                           
A Silvia traz o café da manhã no quarto. No dia anterior, escolhemos o que vamos querer a partir de um cardápio.
Saímos cedo, por volta das 9h e conseguimos entrar no Palazzo Pitti, praticamente sem fila.
É lindo, vale a pena! O Ari não foi informado pela moça e acabou não comprando ingresso para a Galeria dei Costume. Uma pena, pelo que vi na internet, deve ser lindo. Nem dava para voltar, pois a fila estava imensa quando saímos.
 Ponte Vecchio quase vazia

Trecho d'A Divina Comédia


Palazzo Pitti























Ari e Victor Hugo.




Grotta del Buontalenti


Giardino di Bobboli



De lá, fomos para o Museo di San Marco. Maravilhosas as pinturas de Fra Angelico.

A famosa "Anunciação"
Em cada cela, um afresco.





















Savonarolla
Réplica da Anunciação em alto relevo para deficientes visuais.










Almoçamos na Zà Zà, ravioli com nozes para o Ari e com tartufo para mim. Sempre com um Campari antes e um vinho durante. Esta foto é da mesa vizinha, em que estavam comendo a famosa bisteca fiorentina, que não quisemos provar.


Para este também estou aceitando reservas!


Passamos pelas barraquinhas do mercado, compramos uma bolsa nova para o Ari e alguns colares de cristal de Veneza.
Voltamos para o hotel, pois era impossível entrar no Duomo.
Cheguei com os pés em brasa.
Quando fui ver o conjunto que comprei para mim, faltava a argola do brinco.
O Ari voltou lá, trouxe o brinco consertado além de queijo e morangos, que foi nosso lanche.
No final, dos locais que eu havia selecionado, só não conseguimos entrar na Biblioteca, com a escadaria e os bancos projetados por Michelangelo





 nem no Duomo. para conferir o afresco de Domenico di Michelini e a cúpula

Tirei as fotos da internet apenas para registro daquilo que não consegui ver in loco. Uma pena!

03/05/2015
Pegamos o trem para Bari, com baldeação em Bologna.
Foi uma correria, pois a estação é grande e tem vários níveis, mas conseguimos chegar a tempo de embarcar.
Chegamos a Bari, tomamos um táxi para o aeroporto.
Uma hora de fila para retirar o carro!
Chegamos a Polignano a Mare. Domingo, todas as ruas do centro interditadas.
Pedimos informações, chegamos ao centro de informações ao turista e a moça nos mostrou no mapa o caminho para o hotel Malù BeB.
O rapaz que nos atendeu foi conosco buscar o carro.
Tivemos um upgrade no apartamento.
É o do 3o andar, com varanda privativa.
O hotel é de uma família, são 3 gerações.
A paisagem é de tirar o fôlego.
Fica em frente à estátua do Domenico Modugno.
Jantamos num ótimo restaurante especialista em frutos do mar: Meraviglioso.

04/05/2015
Acordei cedo e fotografei o nascer do sol. Lindo!
Tomamos café, todo preparado pela família, e fomos conhecer a cidade.
Cada cantinho é um uau!
Demos a volta pela cidade e depois com o bondinho.























Poesia esparramada por toda a cidade, que já é um poema da natureza!
Minha amiga Margareth não exagerou quando falou da beleza ímpar deste lugar.
















Almoçamos no mesmo restaurante.
Contratamos no hotel um passeio de barco. Saímos na direção que nos indicou o rapaz, mas não encontramos o barco Blue Moon.
Acabamos pagando 15 euros por pessoa no barco do Marco. O outro cobraria 25.
A companhia: 3 jovens indianas que cantaram, dançaram e ficaram de biquíni na frente da lancha. Acabou sendo divertido!












 


Na volta, a dona do hotel ficou brava porque não fizemos o passeio com a pessoa que ela havia contratado. Acho que acabou se arrependendo do upgrade que fez para nós!

Para ser perfeito, só faltava a lua cheia.
Pronto, não falta mais nada!
Casamento ao luar!


Jantamos queijo, pão e vinho em nossa varanda exclusiva.

05/05/2015
Saímos pela manhã para visitar mais dois locais indicados pela minha amiga Alice: Alberobello. Simplesmente fantástico!





















...e Ostuni. Lembra as cidades das ilhas gregas.













Fim de nosso passeio pela Itália. Amanhã seguimos para os Açores. Próxima parada, Ilha de São Miguel.
                                                                                                               Continua...

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