terça-feira, 2 de abril de 2013

DIÁRIO DE BORDO 2 - ESPANHA 2013 - PARTE 3- RONDA




19 de fevereiro
Pela manhã, voamos para Sevilla.
Durante o voo, uma passageira passou mal e a comissária pediu a presença de um médico. Creio que tudo deu certo, pois o movimento cessou no fundo do avião.
No aeroporto, contratamos um taxi que cobrou 140 euros para nos levar até o Hotel Aire de Ronda.
Choveu em todo o trajeto.

Ronda foi erguida sobre um maciço rochoso, o que lhe confere um aspecto geográfico único e belo, com casas rentes a um penhasco à beira do rio Tejo. Seu desenho natural contribuiu para que fosse um dos últimos focos de resistência árabe antes da Reconquista final dos reinos católicos. Era uma verdadeira fortaleza, com uma enorme ponte ligando um lado ao outro do precipício.

                              Cidade antiga (mural de ladrilhos)
                              Cidade antiga (maquete)

O hotel é muito confortável, pequeno, com apenas três apartamentos. O nosso tem uma salinha, um quarto amplo e banheiro maravilhoso. Tudo decorado com muito bom gosto.










Acomodamos nossas coisas, navegamos pela internet e descobrimos que podemos levar um volume extra no voo da Iberia (que nos levará de Jerez a Madrid) por 24 euros. Ficamos aliviadas.


Saímos debaixo de uma chuva torrencial para jantar no restaurante Carmen La de Ronda. Deliciosa sopa de grão de bico com linguiça, vinho, queijo e jamón. No final, uma infusão de canela e licor. Tudo muito gostoso.

No cardápio de tapas: Bacalao con porra (muito sugestivo)!

Lar espiritual das touradas modernas, a cidade abriga uma praça de touros concorridíssima, assim como um museu taurino.
Embora exista um forte movimento para a extinção das touradas (na Catalunha já foram abolidas), é uma tradição que dificilmente vai morrer.
Nunca assisti (e nem pretendo), mas, quem já o fez, conta que o público vai ao delírio.
Certa vez, em Sevilla, um motorista de táxi comparou as touradas ao futebol no Brasil. Movimenta fortunas e é parte importante da cultura popular.
No restaurante, relíquias dessa manifestação cultural:

Toureiro nascido na cidade, que deixou as touradas para ser modelo de grife famosa.
                              Último touro morto por ele.
                                   Vestimenta de gala.                  

20 de fevereiro

Café da manhã preparado pela dona do hotel conforme pedimos.

 

Saímos para conhecer a cidade: Plaza de Toros...












...Puente Nueva, ruas e cantinhos lindos... 

 
























...Museu do Bandoleiro...




...Museu Casa Mondragon...













...igreja Santa Maria Mayor...





                                     Resquícios da antiga mesquita.


...almoço no restaurante  Almocabar...


À noite vivemos uma experiência única: uma chef à nossa disposição. A dona do hotel preparou um jantar digno dos deuses: salada, croquetes e sopa. Tudo artisticamente decorado, precedidos de um conhaque maravilhoso e acompanhados de um vinho soberbo.

Éramos apenas nós no refeitório, paparicadas pela chef que, além de exímia cozinheira, também é artista plástica. Um luxo !

21 de fevereiro

Café da manhã novamente primoroso.

Dia nublado. Visitamos os Banhos Árabes e Muralhas Islâmicas.






















Paisagens de tirar o fôlego. Ronda é linda, sua atração principal está no visual das ruas, nas pontes, muralhas, enfim ao ar livre.




                              Vitrine da chocolateria


Também passamos pela  Igreja de Nuestra Señora de la Paz, padroeira de Ronda...





...e pelo museu Joaquim Peinado, pintor amigo de Picasso, nascido em Ronda (infelizmente não se pode fotografar).


Almoçamos no Restaurante  La Taberna,  indicado pela Marevi (dona do nosso hotel). Sopa de alho, queijo de cabra recheado e um bacalhau de comer de joelhos.





              As touradas estão presentes até na identificação dos banheiros.



Como as lojas estavam fechadas, fizemos hora tomando chá. Seguimos, então, pela rua do comércio. Acabei comprando mais dois pijamas, duas camisetas e uma mala. Ainda  bem que não comprei a fruteira de madeira de oliveira (muito pesada e cara), pois a bagagem já cresceu bastante!

À noite, mais um experiência gastronômica: salada de carpaccio de bacalhau e sopa de cebola. Como sobremesa, um creme de pera. Antes o mesmo conhaque e o vinho de ontem como acompanhamento. Estamos preocupadas com o preço de toda essa mordomia, mas não desistiríamos dela por nada!





22 de fevereiro
Até que o preço da mordomia não foi caro.
Saímos pela manhã em direção a Jerez de La Frontera, última etapa de nossa viagem.
Em Ronda o sindicato dos taxistas aprovou uma regra que consiste no seguinte: não se pode agendar um carro, mesmo para longas distâncias. Tem que ser o primeiro da fila, portanto não se pode escolher um conhecido, por exemplo, cujo trabalho já nos tenha agradado.
Para driblar essa regra, saímos do hotel com o taxista amigo da dona do hotel em ônibus escolar e a esposa dele nos esperou com o carro na saída da cidade.
Descobrimos que também existe o "jeitinho" espanhol.

                              Só nós duas neste micro-ônibus.

                              Saída da cidade

                                                                                   Continua...

2 comentários:

  1. Preciso voltar a Espanha para conhecer esses lugares lindos por onde vc andou.

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  2. Adorei, maravilhosa as imagens....que vontade que deu de viajar...assim!!!!

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